Estudante concentrado estudando em ambiente organizado com laptop, caderno e luz natural

Quem já tentou estudar para um concurso, vestibular ou para o Enem sabe como pode ser difícil manter a mente focada por horas e, ainda, lembrar-se de tudo o que leu. Eu mesmo, em várias ocasiões, me peguei encarando o livro — mas com o pensamento longe. Isso é normal. Mas a diferença entre quem aprende e quem só “passa o olho” no conteúdo está nas estratégias de aprendizagem. Existem métodos que podem transformar o tempo que você dedica ao estudo.

Reunimos aqui as 15 melhores estratégias para ajudar você a fortalecer a concentração, memorizar de forma mais consistente e usar melhor suas horas de dedicação. Algumas delas são conhecidas, outras talvez surpreendam. Descobrir quais funcionam para o seu perfil pode fazer toda a diferença nos resultados.

Organização do ambiente: ponto de partida

Não adianta escolher qualquer lugar para estudar. Estudos sobre memorização mostram que um ambiente limpo, silencioso e com iluminação adequada já predispõe o cérebro ao aprendizado. É aquele velho conselho de avó — mas funciona. Desligue as notificações do celular, afaste distrações visuais e reserve seu canto.

  • Sente-se sempre no mesmo local ao estudar para criar uma “âncora mental”;
  • Mantenha água e materiais já ao alcance para evitar interrupções;
  • Prefira mesas e cadeiras apropriadas, ao invés da cama ou do sofá;

Esse primeiro passo parece simples, mas muitos o ignoram. Veja como incorporar na sua rotina e, caso algo precise ser ajustado, experimente pequenas mudanças até achar o melhor formato.

Mesa de estudo limpa com material escolar, garrafa de água e luminária Técnica Pomodoro: como ciclos breves aumentam o foco

Quando ouvimos falar em métodos para driblar a distração, a técnica Pomodoro frequentemente surge entre os favoritos. Ela é simples: você estuda por 25 minutos e faz uma pausa curta de 5 minutos, repetindo o ciclo quatro vezes antes de um intervalo maior. Ao estruturar o tempo em blocos, essa técnica evita tanto o cansaço mental quanto a procrastinação. Como mostram estudos sobre concentração, o método mantém a produtividade lá no alto sem sobrecarregar o cérebro.

  • Estude por 25 minutos, sem interrupções. Chame esses de seus “pomodoros”;
  • Faça pausas curtas de 5 minutos. Levante, beba água, alongue-se ou respire fundo;
  • Após 4 ciclos, faça um intervalo mais longo (15-30 minutos).

Para facilitar, existe uma série de aplicativos que ajudam a controlar o tempo dos pomodoros, emitindo alarmes para começar e terminar cada ciclo. Isso tira o peso de olhar para o relógio o tempo todo e deixa a cabeça livre para o conteúdo. Experimente e sinta a diferença.

Vinte e cinco minutos de atenção podem valer mais do que horas de estudo distraído.

Mapas mentais: conectando ideias visualmente

Um dos métodos preferidos de concurseiros e estudantes visuais é o mapa mental. Trata-se de uma representação gráfica, normalmente colorida, que organiza o conteúdo de forma hierárquica e interligada. Em vez de notas soltas e textos lineares, você conecta ideias, tópicos e detalhes através de galhos e setas — como quem desenha os caminhos de um pensamento.

Aqui vai um passo a passo prático:

  • No centro, escreva o tema principal;
  • Puxe ramificações para os subtemas;
  • De cada subtema, abram-se novas conexões, exemplos e detalhes;
  • Use cores, símbolos e desenhos para facilitar associações.

Ferramentas digitais como aplicativos de mapas mentais tornam o processo ainda mais rápido, possibilitando o ajuste e a reorganização dos conceitos sempre que precisar revisar. Um mapa bem feito pode substituir páginas inteiras de anotações.

Mapa mental colorido em folha de papel sobre uma mesa Prática distribuída e revisão espaçada: memorização ao longo do tempo

Se você costuma estudar tudo de uma vez só, talvez seja hora de tentar algo diferente. A prática distribuída significa dividir o conteúdo em blocos menores e distribuí-los por vários dias. Assim, o cérebro revisita informações em diferentes momentos, fortalecendo as conexões neurais.

A revisão espaçada potencializa ainda mais esse mecanismo. Você revisa cada tópico várias vezes, em intervalos crescentes (por exemplo: um dia, depois três dias, uma semana, e assim por diante). A neurociência comprovou que esse método é dos mais confiáveis para gravar informações na memória de longa duração.

  • Separe o conteúdo em pequenas partes;
  • Programe revisões regulares, com intervalos crescentes entre elas;
  • Anote as datas de revisão num calendário, físico ou digital.

Aplicativos de flashcards digitais auxiliam a controlar essas revisões, enviando lembretes na hora certa. O segredo está em manter a constância, mesmo que as revisões sejam rápidas.

Memorizar não é quantidade. É insistência e repetição inteligente.

Flashcards: perguntas e respostas rápidas para treinar a memória

Cartões de perguntas e respostas, ou flashcards, são velhos conhecidos de quem precisa decorar fórmulas, datas, vocabulário ou conceitos-chave. Funciona assim: de um lado, faça a pergunta; do outro, a resposta. O processo de tentar lembrar ativa a memória e torna cada acerto (ou erro) um reforço no aprendizado.

  • Crie cartões simples — uma pergunta objetiva e a resposta do outro lado;
  • Misture os assuntos e revise periodicamente;
  • Dê prioridade aos cartões que errou, revisando-os mais vezes.

Ferramentas digitais de flashcards oferecem recursos como lembretes automáticos para revisão espaçada e estatísticas de desempenho. Alguns aplicativos sincronizam o progresso com outros dispositivos, permitindo revisão até no celular, durante o trajeto para o cursinho, por exemplo. Pesquisas sobre estratégias de memorização confirmam os benefícios desse método para concursos e provas.

Estudo intercalado: variando assuntos para fortalecer o aprendizado

A gente tem o costume de estudar um só assunto durante horas. O estudo intercalado (ou interleaving), porém, propõe alternar temas diferentes em uma mesma sessão. Por exemplo, ao invés de duas horas de matemática, você pode estudar 40 minutos de matemática, 40 de história e 40 de biologia.

  • Diminui o cansaço e a monotonia;
  • Aumenta a capacidade de transferir estratégias entre disciplinas;
  • Exige do cérebro uma organização mais ativa das informações.

O segredo está no equilíbrio: inclua matérias que exijam raciocínios distintos e retorne ao mesmo assunto em dias alternados. Com o tempo, o cérebro aprende a mudar de engrenagem, como se estivesse malhando diferentes grupos musculares.

Mude de tema, mude de jeito. Aprender é mais natural do que parece.

Autoexplicação: fale sozinho e aprenda de verdade

Pode parecer estranho, mas verbalizar o conteúdo enquanto estuda faz toda a diferença. Quando você explica, em voz alta ou mesmo em pensamento, o que acabou de aprender, o cérebro se organiza, preenche lacunas e identifica dúvidas.

O chamado método da autoexplicação é ainda mais eficiente se você imaginar estar ensinando alguém. E se conseguir um colega para ouvir, melhor. Ensinar para alguém ativa mecanismos profundos de retenção e compreensão.

  • A cada novo conceito, tente resumir com suas palavras;
  • Grave áudios explicando o conteúdo, depois ouça e veja se ficou coerente;
  • Se encontrar falhas, retorne ao material e explique novamente.

É simples, exige poucos recursos e pode ser feito em qualquer lugar. Além disso, ajuda na autoavaliação constante.

Associação e mnemônicos: criando conexões para memorização

Conectar o novo ao que você já conhece é uma das formas mais rápidas de lembrar de detalhes difíceis. O método de associação consiste em atrelar informações — uma data, um nome, uma fórmula — a fatos conhecidos, imagens ou até piadas internas. Técnicas mnemônicas vão além: usam frases engraçadas, rimas ou músicas para que aquela informação “grude”.

Essa estratégia funciona especialmente bem no estudo de listas, fórmulas, leis ou idiomas. Criar frases, músicas ou associações facilita a fixação, segundo pesquisadores de aprendizagem.

  • Pense em conexões pessoais (“Maria nasceu em 92, como minha prima”);
  • Invente acrônimos ou frases fáceis de lembrar (“M.A.R.E.S.” para lembrar das cores do arco-íris, por exemplo);
  • Crie histórias curtas ligando elementos do conteúdo estudado.

Ninguém esquece uma rima engraçada — e seu cérebro agradece.

Escrita manual: memória fortalecida pelo papel

No tempo das telas, a escrita à mão parece coisa do passado. No entanto, pesquisas mostram que escrever no papel ativa áreas cerebrais diferentes da digitação, tornando o registro mais profundo. Isso porque exige maior atenção, controle motor e síntese do conteúdo.

Pessoa escrevendo a mão em caderno aberto Quando for revisar, experimente reescrever pontos-chave, fazer resumos ou criar mapas mentais no papel. O processo é mais trabalhoso, mas a retenção aumenta drasticamente. Para matéria exatas, refazer questões no caderno é outro bom reforço.

O que se escreve à mão fica gravado na memória — bem mais do que você imagina.

Testes práticos: simulando provas e aprender com erros

Colocar-se à prova, simulando as condições dos exames oficiais, é um método indispensável. Não se trata apenas de testar o que sabe, mas também de identificar lacunas, entender o estilo das questões e controlar o tempo de resposta. Ao tentar responder rapidamente, o cérebro aprende a buscar as informações certas, inclusive sob pressão.

  • Separe um horário para simulados semanais;
  • Revise os erros e acertos logo após a correção;
  • Refaça as questões que errou em datas diferentes, para reforçar a revisão espaçada.

Aplicativos e plataformas educacionais podem oferecer bancos de questões e simulados, automatizando a correção e sugerindo tópicos para reforço. Na Pratique Concursos, por exemplo, os simulados são ajustados ao perfil do aluno, tornando o processo ainda mais eficiente e direcionado.

Modo focado e modo difuso de aprendizagem

O cérebro aprende de duas maneiras diferentes. No modo focado, há concentração total e raciocínio ativo — momento em que resolvemos problemas ou assimilamos conceitos novos. Já o modo difuso acontece quando relaxamos, caminhamos ou deixamos a mente “vagar”.

Ambos são importantes. O ideal é alternar: períodos de esforço intenso seguidos de pausas relaxantes, sem distrações digitais. Muitos estudantes relatam que as melhores ideias e associações vêm durante o banho, uma caminhada ou antes de dormir. Portanto, respeite esses momentos e não tente estudar horas sem pausa.

Adapte as estratégias ao seu perfil

Não existe fórmula pronta que funcione igual para todo mundo. É preciso entender o seu perfil de aprendizado: visual, auditivo, sinestésico? Prefere ler, ouvir ou praticar? Tem mais energia de manhã ou à noite?

Tente diferentes técnicas ao longo de algumas semanas. Observe como se sente após cada sessão, quantos tópicos lembra no dia seguinte e quais métodos deixam o estudo mais leve. Anote as impressões e ajuste o cronograma.

Jovem usando tablet para revisar conteúdo com anotações ao redor Dicas rápidas para implementar as técnicas no dia a dia

  • Programe horários fixos e estabeleça metas diárias realistas;
  • Divida grandes blocos de conteúdo em partes pequenas para evitar sobrecarga;
  • Alterne técnicas ao longo da semana, buscando variedade;
  • Use ferramentas digitais, mas respeite o equilíbrio: até tecnologia pode ser distração;
  • Mantenha pausas regulares, use o modo difuso a seu favor.

Conclusão

Chegando ao final deste guia, talvez você esteja sentindo que há muitas opções para testar. E realmente há. O mais relevante é experimentar, sentindo no seu próprio processo de aprendizagem quais estratégias oferecem mais foco e memorização para você.

Estudar não precisa ser um sofrimento; com algumas adaptações inteligentes, pode ser até prazeroso ver o progresso semana após semana. Como reforçamos ao longo do texto, constância e variedade são palavras-chave. Ferramentas simples, revezamento entre métodos e respeito pelo seu perfil de aprendizado formam a melhor receita.

Na Pratique Concursos, nossa missão é ajudar estudantes a atingirem todo seu potencial. Sinta-se à vontade para conhecer nossos recursos, baixar nossos simulados e tornar o seu estudo cada vez mais produtivo.

O próximo passo é seu. Torne seu estudo parte da sua vitória!

Perguntas frequentes sobre técnicas de estudo

O que são técnicas de estudo?

Técnicas de estudo são estratégias ou métodos desenvolvidos para facilitar o aprendizado, melhorar a retenção de informações e otimizar o tempo dedicado ao estudo. Elas englobam desde métodos para organizar o conteúdo, como mapas mentais e resumos, até exercícios práticos como autoexplicação e simulados. Essas abordagens são adaptáveis ao perfil e ao objetivo do estudante, auxiliando principalmente em provas, concursos públicos e exames escolares.

Como escolher a melhor técnica de estudo?

Para escolher o melhor método, é essencial testar diferentes estratégias e observar qual gera mais resultados para você. Considere fatores como seu estilo preferido (visual, auditivo, prático), disponibilidade de tempo, rotina e até o tipo de disciplina que será estudada. O mais interessante é alternar técnicas conforme a necessidade — revisar mapas mentais para matérias extensas, usar flashcards para memorização rápida ou a técnica Pomodoro para evitar distrações. Adaptar ao seu perfil sempre traz melhores resultados.

Quais técnicas ajudam na memorização rápida?

Alguns métodos são especialmente indicados para memorização rápida: flashcards (cartões de perguntas e respostas), mnemônicos (rimas, músicas, frases), associação de ideias (ligando o novo ao já conhecido) e revisão espaçada. Além disso, resumos escritos à mão, autoexplicação e mapas mentais contribuem para tornar o conteúdo memorável. Técnicas que estimulam múltiplos sentidos, como falar em voz alta enquanto escreve, costumam potencializar o resultado.

Como melhorar a concentração nos estudos?

Para aumentar o foco, comece organizando um ambiente apropriado, longe de ruídos e distrações. A técnica Pomodoro é bastante eficiente para manter a concentração em ciclos curtos e produtivos, alternando períodos de estudo intenso com pausas curtas. Estabeleça metas diárias, elimine notificações do celular e, se possível, tenha um ritual para iniciar a sessão de estudos. Pausas regulares ajudam a renovar o foco ao longo dos blocos de conteúdo.

As técnicas de estudo funcionam para concursos?

Sim! Estratégias como prática distribuída, revisão espaçada, simulados, escrita manual e autoexplicação são amplamente usadas por candidatos a concursos públicos. Elas ajudam a fixar conteúdo de longo prazo, driblar o cansaço, identificar falhas e tornar o processo menos cansativo. Plataformas educacionais como a Pratique Concursos estão sempre inovando para alinhar essas soluções à realidade dos estudantes de concursos, tornando o aprendizado mais inteligente.

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SOBRE O AUTOR

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Achiles Junior e Alexandre Martins são professores dedicados e experientes na área de Tecnologia da Informação para concursos públicos. Com passagens de destaque por órgãos relevantes, eles compartilham conhecimento prático e objetivo para ajudar candidatos a conquistarem vagas em carreiras de TI. Ambos têm paixão pelo ensino, criando conteúdos, cursos, guias gratuitos e materiais de apoio centrados em resultados e na decolagem dos alunos rumo ao serviço público de tecnologia.

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